ORAÇÕES

Oração na casa da Família

do Padre Leão Dehon

 

Cântico inicial

Ritos iniciais

P – Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
R – Amen.
P – A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai
e a comunhão do Espírito Santo
estejam convosco.
R – Bendito seja Deus, que nos reuniu no amor de Cristo.

Breve introdução

P – Encontramo-nos na casa que outrora pertenceu à família Dehon, em La Capelle. Aqui, no dia 14 de março de 1843, festa de Santa Matilde, nasceu Leão Dehon, filho mais novo de Júlio Alexandre Dehon e de Estefânia Vandelet. Da sua infância e adolescência em casa dos pais, Leão Dehon guarda as mais belas recordações com gratidão e afeto. Com a ajuda de sua mãe aprendeu a rezar, na figura paterna encontrou um auxílio na educação e um estímulo ao fortalecimento da vocação. Em La Capelle, recebeu o seu batismo no dia 24 de março de 1843, vésperas da Anunciação. Recordá-lo era para Dehon motivo de grande alegria, pois permitia-lhe unir o seu “batismo ao Ecce Venio de Nosso Senhor”. Em La Capelle, recebeu os primeiros impulsos à sua vocação. A 4 de junho de 1854, na antiga igreja paroquial, comungou pela primeira vez. Com o início do percurso académico, fora de La Capelle, visitará a família quase só pelas férias, sucedendo o mesmo já quando seminarista e sacerdote. Ao visitar este lugar, manifestamos a Deus a nossa gratidão pela família do venerável Leão Dehon, pelo dom particular da sua vocação que gerou, na Igreja, uma nova família religiosa. A nossa presença neste lugar leva-nos, de igual modo, a recordar as nossas famílias, a agradecer o dom de cada um dos seus membros, a generosidade e o caminho de fé de cada um, o dom da nossa vocação, do nosso batismo e da primeira comunhão. Lembremos os nossos confrades, as suas famílias, a nossa Congregação. Peçamos ao Senhor que abençoe todas as famílias do mundo, que em cada lar reine a paz e a concórdia, e que nas famílias cristãs suscite muitas e santas vocações.

Momento de silêncio e oração pessoal

P – Oremos

Senhor nosso Deus, que suscitastes no coração do vosso Servo, Leão Dehon, a vocação à vida religiosa e sacerdotal, concede-nos que, ao mesmo apelo, saibamos responder sempre com alegria e generosidade de coração. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

R – Amen.

Escuta da Palavra

Evangelho (Lc 2, 41-51)
«Guardava todas estes acontecimentos em seu coração»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém,
pela festa da Páscoa.
Quando Ele fez doze anos,
subiram até lá, como era costume nessa festa.
Quando eles regressavam, passados os dias festivos,
o Menino Jesus ficou em Jerusalém,
sem que seus pais o soubessem.
Julgando que Ele vinha na caravana,
fizeram um dia de viagem
e começaram a procurá-l’O entre os parentes e conhecidos.
Não O encontrando,
voltaram a Jerusalém, à sua procura.
Passados três dias,
encontraram-n’O no templo,
sentado no meio dos doutores,
a ouvi-los e a fazer-lhes perguntas.
Todos aqueles que O ouviam
estavam surpreendidos com a sua inteligência e as suas respostas.
Quando viram Jesus, seus pais ficaram admirados;
e sua Mãe disse-Lhe:
«Filho, porque procedeste assim connosco?
Teu pai e eu andávamos aflitos à tua procura».
Jesus respondeu-lhes:
«Porque Me procuráveis?
Não sabíeis que Eu devia estar na casa de meu Pai?».
Mas eles não entenderam as palavras que Jesus lhes disse.
Jesus desceu então com eles para Nazaré
e era-lhes submisso.
Sua Mãe guardava todas estes acontecimentos em seu coração.

Palavra da Salvação.

R – Glória a vós, Senhor.

Breve meditação

P – Jesus cresceu educado segundo a piedade judaica e na sua observância. Todos os anos os seus pais iam “a Jerusalém, pela festa da Páscoa”, “quando Ele fez doze anos, subiram até lá, como era costume nessa festa”. A idade de “doze anos” marcava a fase da vida em que todo o israelita se tornava capaz de refletir e discernir por si. Contudo, em virtude do lugar e do tempo em que ocorre – em Jerusalém, no templo e pela festa da Páscoa – a sua idade testemunha que é um dos primeiros deveres do homem oferecer sacrifícios a Deus, a começar por si. A sua idade encerra um outro significado muito sugestivo. Revela que o Verbo incarnado, procedendo assim, está a percorrer todas as fases da vida santificando-as a todas. Jesus permanece secretamente em Jerusalém. Age, assim, com toda a liberdade, mas também de maneira que seus pais não se oponham à discussão que desejava suscitar: “Filho, porque procedeste assim connosco? Teu pai e eu andávamos aflitos à tua procura”. O acontecimento é figura da sua paixão e ressurreição: seus pais “passados três dias, encontraram-n’O no templo, sentado no meio dos doutores, a ouvi-los e a fazer-lhes perguntas”. Como Filho de Deus encontrava-se sentado entre os doutores, como adolescente estava “no meio deles”. Ali ensinava “fazendo-lhes perguntas”, porque é da mesma fonte, de inteligência e de doutrina, que vêm as suas questões e as suas respostas cheias de sabedoria. A resposta misteriosa de Jesus é uma afirmação da sua condição divina no meio dos homens. Significa que, face à religiosidade judaica, a presença de Deus passou da realidade do templo para a pessoa vivente de Jesus. É em Jesus que habita agora a plenitude da presença de Deus. E Jesus regressa com os seus, continuando a dar um exemplo de obediência, ensinando-nos que nada pode elevar-se à perfeição senão por graus sucessivos até que se chegue ao fim desejado. A vida do adolescente e jovem Leão Dehon guarda muitos traços deste evangelho. À semelhança da Família de Nazaré, Leão Dehon recebeu uma educação religiosa, de piedade e de observância, comunicada em particular pela Mãe. Foi aos doze anos que Leão Dehon, na Noite de Natal, experimentou o desejo de ser sacerdote. O discernimento haveria de continuar durante a sua juventude, não no templo, mas na Igreja. Tal como o comportamento de Jesus está para suscitar nos seus a pergunta pelo seu modo de proceder, assim também Dehon, terá que “tratar o grande problema da sua vocação com a sua família”. A obediência de Dehon a seu pai segue até à obtenção do seu curso de Direito, mas, depois, compete-lhe seguir a vontade de Deus a seu respeito, quase invocando o encontro de Jesus no templo: “Não sabíeis que Eu devia estar na casa de meu Pai?”. Cada vida de família e cada história vocacional, por mais particulares que sejam, quando se deixam guiar por Deus, revelam sempre traços da Família de Nazaré e da pessoa de Jesus. Peçamos a Deus que, nesta visita e nesta passagem pela casa da família do Pe. Dehon, tenhamos a oportunidade de reler a vida da nossa família e a história pessoal como uma página do evangelho. Rezemos pelas famílias, pelas vocações religiosas e sacerdotais, confiemo-las à Família de Nazaré. Recordemos a nossa Congregação e todos os seus membros, para que Jesus a todos conceda a força do seu Espírito para cumprirem a missão a que foram chamados.

Momento de silêncio e oração pessoal

P – Senhor, que na vossa bondade e sabedoria, quisestes que o vosso Filho Unigénito se oferecesse a vós pela vida do mundo, fazei que vos seja agradável a oblação da vossa Igreja. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

R – Amen.

Oração pelas vocações Dehonianas

Senhor Jesus,
que continuas a fixar o teu olhar de amor
em tantos jovens bem dispostos,
abre a sua mente e o seu coração,
para que, no meio de tantos apelos,
que ecoam à sua volta,
saibam reconhecer o teu inconfundível e poderoso convite:
“Vem e segue-Me!”.
Revela-lhes o teu Coração manso e humilde.
Inspira-lhes o propósito de se parecerem mais Contigo,
seguindo-te numa vida de total consagração.
Tu, que suscitaste na Igreja o venerável Padre Dehon
e lhe inspiraste a fundação da nossa Família Religiosa
faz que sejam cada vez mais numerosos
aqueles que escolhem como ideal de vida ser,
no mundo de hoje,
profetas do amor e servidores da reconciliação.
Amen.

Pai-nosso

Ritos de conclusão

P – O Senhor esteja convosco.
R – Ele está no meio de nós.
P – Abençoe-vos Deus todo-poderoso, Pai, Filho e Espírito Santo.
R – Amen.
P – Ide em paz e o Senhor vos acompanhe.
R – Graças a Deus.

Cântico

Oração junto ao Túmulo

do Padre Leão Dehon

 

Cântico inicial

Ritos iniciais
 
P – Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. 
R – Amen.
P – A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, 
o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo 
estejam convosco.
R – Bendito seja Deus, que nos reuniu no amor de Cristo.   
 
Breve introdução
 
P – Encontramo-nos na igreja de Saint Martin, em Saint-Quentin, diante do túmulo do Venerável Servo de Deus, Padre João Leão Dehon, Fundador dos Sacerdotes do Coração de Jesus. Falecido a 12 de agosto de 1925, em Bruxelas, o seu corpo foi sepultado no cemitério de Saint Jean, nesta mesma cidade de Saint-Quentin. A 19 de outubro de 1963, 38 anos depois da sua morte, os seus restos mortais foram trazidos para esta igreja, que mereceu, desde a sua fundação, todo o zelo e empenho do Pe. Dehon. A iniciativa de uma nova paróquia em Saint-Quentin partiu do então bispo de Soissons, D. Thibaudier, que a 15 de fevereiro de 1888, escrevia ao Padre Dehon pedindo que se criasse a paróquia de Saint Martin, de modo a assistir uma vasta população pastoralmente esquecida. Para o Fundador o convite era um voto de confiança e uma graça de Deus, mas não um menor encargo. A 29 de outubro de 1890, D. Duval benzia a primeira pedra. Auxiliado pelos seus sacerdotes, Padre Dehon realiza vários peditórios para a construção da igreja. Concluídos os trabalhos maiores, a primeira missa é celebrada a 15 de agosto de 1896. No entanto, as leis estaduais contra as congregações religiosas obrigam o Padre Dehon, no ano seguinte, a confiar a propriedade da Igreja de Saint-Martin a uma comissão, que contou com o arcipreste de Saint-Quentin e mais dois leigos. Os trabalhos prosseguem e a 1 de junho de 1913 a igreja é solenemente consagrada a Saint-Martin. Durante a Primeira Guerra Mundial, o edifício é consideravelmente danificado. A partir de 1920 iniciam-se os trabalhos de recuperação sob o impulso do então vigário geral da diocese de Soissons, Monsenhor Delorme. Em 1926, a nova lei das finanças consente que os direitos de propriedade dos lugares de culto sejam restituídos a associações diocesanas. No mesmo ano, a propriedade da igreja passa para o domínio da Associação Diocesana, representada pelo vigário geral. Em 1943, o bispo de Soissons restitui aos Sacerdotes do Coração de Jesus a paróquia de Saint-Martin. O ato solene celebrou-se no dia de Natal de 1944. Para além de uma relação especial de vida e ação do Padre Dehon a este lugar e de uma particular dedicação dos seus sacerdotes ao ministério dos mais desfavorecidos, dos trabalhadores e suas famílias, esta igreja é hoje, para nós dehonianos, lugar de peregrinação, de oração e de um maior compromisso na nossa vida de Sacerdotes do Coração de Jesus. Diante do túmulo do Padre Dehon, apresentemo-nos em ação de graças pelo seu testemunho de fé e amor, de oração e santidade, e pela herança espiritual que nos deixou. Recordemos-lhe, em oração, toda a Congregação por ele fundada, a nossa Província, os confrades, os missionários, os seminaristas, os benfeitores, as nossas famílias; lembremos-lhe todos os confrades, as familiares e os benfeitores já falecidos; apresentemos-lhe as nossas intenções pessoais. Confiemos à sua intercessão junto de Deus aqueles que se preparam de coração generoso e cheio de fé para os votos perpétuos e para as ordens sacras no nosso instituto. 
 
Momento de silêncio e oração pessoal
 
P – Oremos
 
Deus de misericórdia que destes a Padre Dehon a graça de fazer da união com Cristo no seu amor por vós e pelos homens o princípio e o centro da sua vida, concedei, também a nós, a graça de viver fielmente a nossa vocação, para alcançarmos a perfeita caridade a que nos chamastes no vosso Filho. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. 
 
R – Amen.
 
Escuta da Palavra 
 
Leitura (Sir 44, 1.9-13)
«Os nossos pais foram homens virtuosos 
e o seu nome permanece de geração em geração»
 
Leitura do Livro de Ben-Sirá
 
Celebremos os louvores dos homens ilustres,
dos nossos antepassados através das gerações.
Alguns houve que não deixaram lembrança,
desapareceram como se não tivessem existido,
passaram como se não tivessem nascido,
tanto eles como os seus filhos.
Mas outros foram homens virtuosos
e as suas boas obras não foram esquecidas.
Na sua descendência permanece
a excelente herança que deles nasceu.
Os seus filhos são fiéis à aliança
e, graças a eles, também os filhos dos seus filhos.
A sua descendência permanece para sempre
e jamais se apagará a sua glória. 
 
Palavra do Senhor. 
 
R – Graças a Deus. 
 
Salmo Responsorial 
 
Salmo 149, 1-2.3-4.5-6a e 9b (R. 4a) 
 
Refrão: O Senhor ama o seu povo. 
 
Cantai ao Senhor um cântico novo,
cantai ao Senhor na assembleia dos santos.
Alegre-se Israel em seu Criador,
rejubilem os filhos de Sião em seu Rei.
 
Louvem o seu nome com danças,
cantem ao som do tímpano e da cítara,
porque o Senhor ama o seu povo,
coroa os humildes com a vitória.
 
Exultem de alegria os fiéis,
cantem jubilosos em suas casas;
em sua boca os louvores de Deus.
Esta é a glória de todos os seus fiéis.
 
Breve meditação
 
P – Este sábio de Israel, filho de Sirá, evoca, no início do século II a. C., as figuras célebres que outrora marcaram a história do seu povo. Fieis à Aliança, as suas vidas e obras deixaram traços de prosperidade e de glória para os seus descendentes. Para as gerações contemporâneas são um estímulo para que se conservem unidas e fiéis a Deus, e continuem a esperança do povo a que pertencem. Se esses homens, porém, eram merecedores de tamanho elogio sem que, contudo, tivessem alcançado o cumprimento das promessas, o que dizer daqueles que agora esperam, havendo conhecido já Cristo e recebido o seu Espírito? Escrevia o nosso Fundador no seu Testamento Espiritual: “Espero salvar-me, porque a misericórdia do Senhor não se contradiz”. No momento da sua morte, ao indicar a imagem do Coração de Jesus, diz: “Eis o meu tudo, a minha vida, a minha morte, a minha eternidade”. Depois, acrescenta: “Depressa, vou para o céu”. E por fim: “para ele vivi, para ele morro”. No dia do seu funeral, o bispo de Soissons, D. Binet, referia: “A um dos filhos mais eminentes e mais ilustres do século XIX, a diocese de Soissons… oferece, através do meu ministério, as lágrimas da dor, … a infinita gratidão e sobretudo a homenagem em oração devida a Padre Dehon por tantos motivos”. Os motivos eram muito concretos: as várias obras sociais realizadas em Saint-Quentin. O Padre Dehon com os seus graus académicos “podia refugiar-se na sua torre de marfim, da sua superioridade intelectual, porém, foi ao encontro do povo ainda antes que Leão XIII o recomendasse a todos os sacerdotes. Durante vinte anos – continua o bispo de Soissons – qual é a grande iniciativa começada em Saint-Quentin, no campo religioso, onde não se descubra a mão e sobretudo a grande alma de Padre Dehon?”. D. Binet recorda o apostolado do Padre Dehon no âmbito social, educativo e formativo, em particular no Colégio Saint-Jean, por ele fundado e dirigido por tantos anos: “Com que veneração e emoção… os antigos alunos de Saint-Jean falam dele… Devia ser realmente grande, sobretudo no coração, Padre Dehon para ser tão amando!… Contudo nas obras maiores de Deus, nas mais fecundas, nunca faltam as dificuldades… Para o Padre Dehon… à montanha das bem-aventuranças esteve, muitas vezes, próximo o Calvário; mas não tinha emitido o voto de vítima? Seguindo um caminho cheio de silvas e espinhos, encontrou o Coração de Jesus, entregou-se a Ele, com um bom número de seus amigos… Como São João Batista, Padre Dehon não reservou ciosamente para si os que tinha conquistado nas suas promoções espirituais, mas para Cristo e para o seu serviço”. Entre as cartas que referem os seus últimos desejos – escreve Mons. Philipe –, encontrámos um envelope com estas palavras: “Pacto com nosso Senhor”. O documento foi escrito pelo próprio punho do Padre Dehon: 
 
“Meu Jesus, diante de vós e de vosso Pai celeste, na presença da Imaculada Virgem Maria, minha Mãe, e de São José, meu protetor, consagro-me por puro amor, ao serviço do vosso Sagrado Coração, dedicando toda a minha vida e as minhas forças à obra dos sacerdotes do vosso Divino Coração. De antemão aceito todas as provações e todos os sacrifícios que vos aprouver mandar-me. Prometo oferecer todas as minhas ações por puro amor a Jesus e ao seu Sacratíssimo Coração. Senhor, eu vos suplico, movei o meu coração, inflamai-o com o vosso amor, a fim de que eu não somente tenha a intenção e o desejo de vos amar, mas, com a ajuda da vossa graça, experimente a suprema felicidade de sentir que todos os afetos do meu coração convergem unicamente para vós. Amém”. 
 
Meditemos nestas palavras do nosso Fundador e deixemo-nos interpelar. 
 
Momento de silêncio e oração pessoal
 
Preces
 
P – Irmãos: iluminados pelo testemunho evangélico do nosso Venerável Fundador, Padre Leão Dehon, elevemos as nossas preces até Deus, rezando cheios de alegre confiança:  
 
R – Ouvi, Senhor, a nossa oração. 
 
Pai Santo que nos chamastes a ser vossos filhos fazei que a Igreja vos glorifique em toda a terra com a luz da santidade. 
 
Pai Santo, que nos convidais a caminhar de modo digno da nossa vocação, de modo a agradar-vos em todas as coisas, fazei que produzamos frutos abundantes de boas obras.
 
Pai Santo que nos reconciliastes em Cristo, protegei todos os que creem no vosso nome, para que sejam uma coisa só convosco.
 
Pai Santo, que nos quereis comensais no banquete eterno, fazei-nos crescer na caridade à mesa do pão vivo descido do céu. 
 
Pai Santo, que amais todos os homens no vosso Filho, concedei que anunciemos sempre cheios de alegria o vosso amor e sejamos servidores da reconciliação. 
 
Pai Santo, que nos chamais para servir como membros da Igreja, permiti que aqueles que escolhestes para seguirem mais de perto o vosso Filho se dediquem incondicionalmente ao vosso amor e serviço. 
 
Pai Santo acolhei os nossos irmãos defuntos à contemplação do vosso rosto e permiti que um dia nos associemos à vossa glória. 
 
Outras interceções
 
P – Deus Pai todo-poderoso, 
que na vida dos Santos nos dás um exemplo a seguir
e na comunhão com eles uma família, 
permite que, seguindo as virtudes heróicas do teu servo, 
Padre Leão Dehon, imitemos cada vez mais a Cristo, teu Filho, 
para um dia participarmos da sua glória.
Por Cristo, nosso Senhor.
 
R – Amen.
 
Oração ao Padre Dehon
 
Venerável Padre Leão Dehon,
estamos aqui,
como filhos à volta do pai. 
Queremos louvar o Senhor por ti,
por quanto te deu 
e por quanto quis fazer em ti
e, com a tua mediação,
na sociedade e na Igreja do teu tempo.
 
Queremos particularmente agradecer
a graça e a missão que te confiou
para enriquecer a Igreja
com o nosso Instituto religioso apostólico
que vive da tua inspiração evangélica.
 
Alcança-nos de Deus o dom do Espírito
para fazermos frutificar esse carisma
segundo as exigências da Igreja
e do mundo de hoje.
 
Que estes dias 
de encontro fraterno e formação
ajudem a reacender em nós o dom de Deus
para que nas nossas comunidades
e na nossa Província
se reanime o fervor
pela vivência da nossa bela vocação
oblativa reparadora
com o zelo e a alegria
no serviço do Reino do Coração de Jesus.
Amen.
 
Pai-nosso
 
Ritos de conclusão
 
P – O Senhor esteja convosco. 
R – Ele está no meio de nós.
P – Abençoe-vos Deus todo-poderoso, 
Pai, Filho e Espírito Santo.
R – Amen.
 
P – Ide em paz e o Senhor vos acompanhe.
R – Graças a Deus.
 
Cântico

Durante o cântico pode ser colocado um ramo de flores junto ao túmulo do Padre Dehon.

Oração no Quarto do Padre Leão Dehon

 

Cântico inicial

Ritos iniciais
 
P – Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. 
R – Amen.
P – A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai 
e a comunhão do Espírito Santo 
estejam convosco.
R – Bendito seja Deus, que nos reuniu no amor de Cristo.   
 
Breve introdução
 
P – Encontramo-nos, em Bruxelas, no quarto onde faleceu o Venerável Servo de Deus Leão Dehon, no dia 12 de agosto de 1925, às 12h10. Ele que sempre desejou viver e morrer como Apóstolo do Coração de Jesus, no momento da morte, pôde dizer, apontando para a imagem, sempre presente na sua vida, a do Sagrado Coração: “Para Ele vivi, para Ele morro”. Atrás de si deixa um testemunho e uma obra admirável: como religioso, sacerdote, fundador, educador, escritor, apóstolo social. A sua vida caraterizou-se por um particular modo de viver unido a Cristo e aos irmãos em oblação ao Pai. Um dos lugares privilegiados de inspiração encontra na oração de Cristo ao Pai: “Pai santo, guarda-os em teu nome, o nome que Me deste, para que sejam um, como Nós”. A proximidade e conformidade do Padre Dehon com Cristo leva-nos, hoje que estamos junto ao leito onde o nosso Fundador viveu os últimos instantes antes do encontro definitivo com o Pai, a acolher as palavras do evangelho com maior alegria e generosidade e a unirmo-nos ainda mais a Cristo e aos irmãos. Agradeçamos a Deus o Dom de estarmos aqui, o dom que o Padre Dehon foi e é para a Igreja e para o Mundo. Peçamos a Deus Pai que nos conceda a alegria de vivermos sempre unidos a seu Filho, vivendo santamente a nossa consagração. Lembremos a Deus a Congregação, as vocações, os missionários, os benfeitores, as famílias, os jovens e as crianças. A todos conceda o conhecimento da sua Palavra e a prática da Caridade. 
 
Momento de silêncio e oração pessoal
 
P – Oremos
 
Deus de bondade, concedei que estes vossos filhos a vós consagrados, se dediquem totalmente ao vosso serviço e realizem a vossa vontade num só coração e numa só alma. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
 
R – Amen.
 
Escuta da Palavra 
 
Evangelho (Jo 17, 11b-19)
«Para que sejam um como Nós»
 
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
 
Naquele tempo,
Jesus ergueu os olhos ao Céu e orou deste modo:
«Pai santo, guarda-os em teu nome, o nome que Me deste,
para que sejam um, como Nós.
Quando Eu estava com eles, 
guardava-os em teu nome,
o nome que Me deste.
Guardei-os e nenhum deles se perdeu,
a não ser o filho da perdição;
e assim se cumpriu a Escritura.
Mas agora vou para Ti;
e digo isto no mundo,
para que eles tenham em si mesmos 
a plenitude da minha alegria.
Dei-lhes a tua palavra
e o mundo odiou-os, por não serem do mundo,
como Eu não sou do mundo.
Não peço que os tires do mundo, 
mas que os livres do mal.
Eles não são do mundo, 
como Eu não sou do mundo.
Consagra-os na verdade.
A tua palavra é a verdade.
Assim como Tu Me enviaste ao mundo,
também Eu os enviei ao mundo.
Eu consagro-Me por eles,
para que também eles sejam consagrados na verdade».
 
Palavra da salvação.
 
R – Glória a vós, Senhor. 
 
Breve meditação
 
A oração que Jesus dirige ao Pai segue os momentos da fundação da comunidade dos discípulos, das instruções sobre o caminho a seguir, das condições da missão, do anúncio do ódio do mundo e da ajuda que receberão no meio das adversidades. O fim último da oração é revelado quando Jesus, pedindo ao Pai que guarde no seu nome todos os seus discípulos, diz: “para que sejam um, como Nós”. A oração de Jesus é a do Filho de Deus feito homem. Enquanto corporalmente estava no meio dos seus discípulos, o Verbo conservava-os no nome do seu Pai e o Pai não esperava senão que o Filho, na sua condição de servo, consumasse a sua missão. Mas ambos, unidos na mesma natureza divina, conservavam os discípulos, cobrindo-os com o seu poder divino. E quando o Filho os privou da sua presença corporal, continuou a guardá-los espiritualmente com o Pai. De facto, o Filho recebendo-os, como homem, da mão de seu Pai, não os privou ao olhar paterno, e o Pai confiando-os à guarda do Filho, não os deu sem o concurso daquele que os recebia. O pedido de Jesus para que os seus “sejam um”, como Ele e o Pai são “um”, prende-se misteriosamente com este seu ofício, que apelidamos, com toda a propriedade, de sacerdotal, e que realiza em si o encontro do homem com Deus, mas sem que anule a distância que os separa. O Pai está no Filho e o Filho no Pai e fazem um só na mesma natureza. Do mesmo modo os discípulos devem ser um só na sua natureza, à semelhança do Pai e do Filho. Podemos ser “um neles”, no Pai e no Filho, mas não “um com eles”, porque não possuímos, com eles, uma mesma natureza. Em Cristo, Deus está em nós e nós em Deus, Deus tem morada em nós, como no seu templo, e nós em Deus, tal como a criatura no seu Criador. Só à graça de Deus em Jesus Cristo pode ser atribuída, como ao seu princípio, a unidade que agora formamos. Tal graça não só nos capacita para o culto, como santifica as coisas mesmas – a começar por nós -, que no sacrifício são apresentadas e oferecidas. É verdade que os homens pela graça da regeneração como que tomam uma nova natureza a que agora estão unidos. Contudo, Jesus na sua oração ao Pai, ut sint unum, não só quer que o sejamos numa e mesma simples natureza individual – unam – mas igualmente numa mesma vontade, como Eles, nos sentimentos de um Amor recíproco, pela união de uma mesma caridade. O facto de nos encontrarmos no quarto onde o nosso Fundador passou os últimos dias da sua vida, e junto ao leito de onde partiu deste mundo para o Pai, e ao meditar sobre este passo tão significativo para o Padre Dehon e para a nossa espiritualidade, depressa se compreende que a eficácia do seu sacerdócio, do qual somos também nós hoje beneficiários, dependeu da sua união a Cristo e ao Pai. Proveio da experiência da graça, deixando que esta plasmasse o seu próprio corpo, o ungisse e santificasse, para ele mesmo se oferecer como vítima. Decorreu da sua união a toda a Igreja, da sua pertença à natureza regenerada da qual os homens mortais se elevam à glória de Deus. Adveio da sua união nos sentimentos de Cristo e que levou à alegria pascal os esforços de uma vontade unida à de Deus. O seu sacerdócio vivido em união com Cristo e com os irmãos, nem por isso anulou a distância que o separava, neste mundo, de Deus. Competia-lhe também oferecer a Deus tudo o que dele recebera: a sua inteligência, a sua vontade, o seu coração, o seu corpo. Neste lugar, Padre Dehon cumpriu o seu último ato sacerdotal como oferta da sua vida, feito possível porque, muito embora unido a Cristo e aos irmãos, ainda intercorria a distância que o separava do céu. O Padre Dehon pediu aos seus que fossem Sacerdotes do Coração de Jesus. Tal missão cumpre-se neste mundo, unidos a Cristo e aos irmãos, no caminho para o Pai.  
 
Momento de silêncio e oração pessoal
 
P – Fazei, Senhor Jesus, que a nossa união convosco e com os irmãos seja um testemunho vivo da vossa presença no meio dos homens. Vós que sois Deus com o Pai, na unidade do Espírito Santo.
 
R – Amen.
 
Oração pela Congregação
 
Ó Jesus, bom Pastor,
santifica a nossa família religiosa
consagrada ao teu divino Coração.
Faz que, unida na caridade,
forme um só coração e uma só alma.
Atraí para o seu seio jovens generosos,
dispostos a fazer das suas vidas
uma dádiva de amor a Ti e aos irmãos.
Concede aos nossos Superiores
e a quantos exercem na Igreja
o serviço da autoridade
o teu Espírito com os seus dons,
para que saibam conduzir todas as coisas
com sabedoria e bondade.
Abençoa-nos e abençoa as nossas casas
e todas as nossas atividades.
Que a abundância da tua graça
se derrame sobre esta comunidade
e a santifique no serviço do teu Reino,
para glória e alegria do Pai.
Amen.
 
Pai-nosso
 
Ritos de conclusão
 
P – O Senhor esteja convosco. 
R – Ele está no meio de nós.
P – Abençoe-vos Deus todo-poderoso, 
Pai, Filho e Espírito Santo.
R – Amen.
 
P – Ide em paz e o Senhor vos acompanhe.
R – Graças a Deus.
 
Cântico

ORAÇÃO DO JUBILEU

POR ELE VIVO

É CRISTO QUE VIVE EM MIM

Com Cristo estou crucificado.
Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim.
O que agora vivo na carne, vivo-o na fé do Filho de Deus,
que me amou e a Si próprio Se entregou por mim
(Gl 2,19-20).

Senhor Jesus,
o teu coração, aberto na cruz,
é o grande sacramento do amor de Deus pelo mundo.

Enraizados na experiência de fé do teu servo, Leão Dehon,
celebramos na alegria este tempo jubilar.
Fazemos memória da sua devoção ao teu coração
e do seu compromisso social.

Salvador misericordioso,
como Família Dehoniana,
queremos unir-nos à tua oblação ao Pai,
de modo que Tu vivas sempre em nós.

Por intercessão de Maria, tua santa Mãe,
nós Te pedimos a graça
de levar a devoção e a ação do nosso Fundador
a novos tempos e novos lugares.

Senhor Jesus,
escuta a nossa oração:
faz do nosso tempo jubilar
um sinal sempre novo do teu amor infinito
no coração do mundo.
Amen.

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