ORAÇÕES
Oração na casa da Família
do Padre Leão Dehon
Cântico inicial

Ritos iniciais
P – Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
R – Amen.
P – A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai
e a comunhão do Espírito Santo
estejam convosco.
R – Bendito seja Deus, que nos reuniu no amor de Cristo.
Breve introdução
P – Encontramo-nos na casa que outrora pertenceu à família Dehon, em La Capelle. Aqui, no dia 14 de março de 1843, festa de Santa Matilde, nasceu Leão Dehon, filho mais novo de Júlio Alexandre Dehon e de Estefânia Vandelet. Da sua infância e adolescência em casa dos pais, Leão Dehon guarda as mais belas recordações com gratidão e afeto. Com a ajuda de sua mãe aprendeu a rezar, na figura paterna encontrou um auxílio na educação e um estímulo ao fortalecimento da vocação. Em La Capelle, recebeu o seu batismo no dia 24 de março de 1843, vésperas da Anunciação. Recordá-lo era para Dehon motivo de grande alegria, pois permitia-lhe unir o seu “batismo ao Ecce Venio de Nosso Senhor”. Em La Capelle, recebeu os primeiros impulsos à sua vocação. A 4 de junho de 1854, na antiga igreja paroquial, comungou pela primeira vez. Com o início do percurso académico, fora de La Capelle, visitará a família quase só pelas férias, sucedendo o mesmo já quando seminarista e sacerdote. Ao visitar este lugar, manifestamos a Deus a nossa gratidão pela família do venerável Leão Dehon, pelo dom particular da sua vocação que gerou, na Igreja, uma nova família religiosa. A nossa presença neste lugar leva-nos, de igual modo, a recordar as nossas famílias, a agradecer o dom de cada um dos seus membros, a generosidade e o caminho de fé de cada um, o dom da nossa vocação, do nosso batismo e da primeira comunhão. Lembremos os nossos confrades, as suas famílias, a nossa Congregação. Peçamos ao Senhor que abençoe todas as famílias do mundo, que em cada lar reine a paz e a concórdia, e que nas famílias cristãs suscite muitas e santas vocações.
Momento de silêncio e oração pessoal
P – Oremos
Senhor nosso Deus, que suscitastes no coração do vosso Servo, Leão Dehon, a vocação à vida religiosa e sacerdotal, concede-nos que, ao mesmo apelo, saibamos responder sempre com alegria e generosidade de coração. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
R – Amen.
Escuta da Palavra
Evangelho (Lc 2, 41-51)
«Guardava todas estes acontecimentos em seu coração»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém,
pela festa da Páscoa.
Quando Ele fez doze anos,
subiram até lá, como era costume nessa festa.
Quando eles regressavam, passados os dias festivos,
o Menino Jesus ficou em Jerusalém,
sem que seus pais o soubessem.
Julgando que Ele vinha na caravana,
fizeram um dia de viagem
e começaram a procurá-l’O entre os parentes e conhecidos.
Não O encontrando,
voltaram a Jerusalém, à sua procura.
Passados três dias,
encontraram-n’O no templo,
sentado no meio dos doutores,
a ouvi-los e a fazer-lhes perguntas.
Todos aqueles que O ouviam
estavam surpreendidos com a sua inteligência e as suas respostas.
Quando viram Jesus, seus pais ficaram admirados;
e sua Mãe disse-Lhe:
«Filho, porque procedeste assim connosco?
Teu pai e eu andávamos aflitos à tua procura».
Jesus respondeu-lhes:
«Porque Me procuráveis?
Não sabíeis que Eu devia estar na casa de meu Pai?».
Mas eles não entenderam as palavras que Jesus lhes disse.
Jesus desceu então com eles para Nazaré
e era-lhes submisso.
Sua Mãe guardava todas estes acontecimentos em seu coração.
Palavra da Salvação.
R – Glória a vós, Senhor.
Breve meditação
P – Jesus cresceu educado segundo a piedade judaica e na sua observância. Todos os anos os seus pais iam “a Jerusalém, pela festa da Páscoa”, “quando Ele fez doze anos, subiram até lá, como era costume nessa festa”. A idade de “doze anos” marcava a fase da vida em que todo o israelita se tornava capaz de refletir e discernir por si. Contudo, em virtude do lugar e do tempo em que ocorre – em Jerusalém, no templo e pela festa da Páscoa – a sua idade testemunha que é um dos primeiros deveres do homem oferecer sacrifícios a Deus, a começar por si. A sua idade encerra um outro significado muito sugestivo. Revela que o Verbo incarnado, procedendo assim, está a percorrer todas as fases da vida santificando-as a todas. Jesus permanece secretamente em Jerusalém. Age, assim, com toda a liberdade, mas também de maneira que seus pais não se oponham à discussão que desejava suscitar: “Filho, porque procedeste assim connosco? Teu pai e eu andávamos aflitos à tua procura”. O acontecimento é figura da sua paixão e ressurreição: seus pais “passados três dias, encontraram-n’O no templo, sentado no meio dos doutores, a ouvi-los e a fazer-lhes perguntas”. Como Filho de Deus encontrava-se sentado entre os doutores, como adolescente estava “no meio deles”. Ali ensinava “fazendo-lhes perguntas”, porque é da mesma fonte, de inteligência e de doutrina, que vêm as suas questões e as suas respostas cheias de sabedoria. A resposta misteriosa de Jesus é uma afirmação da sua condição divina no meio dos homens. Significa que, face à religiosidade judaica, a presença de Deus passou da realidade do templo para a pessoa vivente de Jesus. É em Jesus que habita agora a plenitude da presença de Deus. E Jesus regressa com os seus, continuando a dar um exemplo de obediência, ensinando-nos que nada pode elevar-se à perfeição senão por graus sucessivos até que se chegue ao fim desejado. A vida do adolescente e jovem Leão Dehon guarda muitos traços deste evangelho. À semelhança da Família de Nazaré, Leão Dehon recebeu uma educação religiosa, de piedade e de observância, comunicada em particular pela Mãe. Foi aos doze anos que Leão Dehon, na Noite de Natal, experimentou o desejo de ser sacerdote. O discernimento haveria de continuar durante a sua juventude, não no templo, mas na Igreja. Tal como o comportamento de Jesus está para suscitar nos seus a pergunta pelo seu modo de proceder, assim também Dehon, terá que “tratar o grande problema da sua vocação com a sua família”. A obediência de Dehon a seu pai segue até à obtenção do seu curso de Direito, mas, depois, compete-lhe seguir a vontade de Deus a seu respeito, quase invocando o encontro de Jesus no templo: “Não sabíeis que Eu devia estar na casa de meu Pai?”. Cada vida de família e cada história vocacional, por mais particulares que sejam, quando se deixam guiar por Deus, revelam sempre traços da Família de Nazaré e da pessoa de Jesus. Peçamos a Deus que, nesta visita e nesta passagem pela casa da família do Pe. Dehon, tenhamos a oportunidade de reler a vida da nossa família e a história pessoal como uma página do evangelho. Rezemos pelas famílias, pelas vocações religiosas e sacerdotais, confiemo-las à Família de Nazaré. Recordemos a nossa Congregação e todos os seus membros, para que Jesus a todos conceda a força do seu Espírito para cumprirem a missão a que foram chamados.
Momento de silêncio e oração pessoal
P – Senhor, que na vossa bondade e sabedoria, quisestes que o vosso Filho Unigénito se oferecesse a vós pela vida do mundo, fazei que vos seja agradável a oblação da vossa Igreja. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
R – Amen.
Oração pelas vocações Dehonianas
Senhor Jesus,
que continuas a fixar o teu olhar de amor
em tantos jovens bem dispostos,
abre a sua mente e o seu coração,
para que, no meio de tantos apelos,
que ecoam à sua volta,
saibam reconhecer o teu inconfundível e poderoso convite:
“Vem e segue-Me!”.
Revela-lhes o teu Coração manso e humilde.
Inspira-lhes o propósito de se parecerem mais Contigo,
seguindo-te numa vida de total consagração.
Tu, que suscitaste na Igreja o venerável Padre Dehon
e lhe inspiraste a fundação da nossa Família Religiosa
faz que sejam cada vez mais numerosos
aqueles que escolhem como ideal de vida ser,
no mundo de hoje,
profetas do amor e servidores da reconciliação.
Amen.
Pai-nosso
Ritos de conclusão
P – O Senhor esteja convosco.
R – Ele está no meio de nós.
P – Abençoe-vos Deus todo-poderoso, Pai, Filho e Espírito Santo.
R – Amen.
P – Ide em paz e o Senhor vos acompanhe.
R – Graças a Deus.
Cântico

Oração junto ao Túmulo
do Padre Leão Dehon
Cântico inicial


Durante o cântico pode ser colocado um ramo de flores junto ao túmulo do Padre Dehon.
Oração no Quarto do Padre Leão Dehon
Cântico inicial



ORAÇÃO DO JUBILEU
POR ELE VIVO
É CRISTO QUE VIVE EM MIM
Com Cristo estou crucificado.
Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim.
O que agora vivo na carne, vivo-o na fé do Filho de Deus,
que me amou e a Si próprio Se entregou por mim (Gl 2,19-20).
Senhor Jesus,
o teu coração, aberto na cruz,
é o grande sacramento do amor de Deus pelo mundo.
Enraizados na experiência de fé do teu servo, Leão Dehon,
celebramos na alegria este tempo jubilar.
Fazemos memória da sua devoção ao teu coração
e do seu compromisso social.
Salvador misericordioso,
como Família Dehoniana,
queremos unir-nos à tua oblação ao Pai,
de modo que Tu vivas sempre em nós.
Por intercessão de Maria, tua santa Mãe,
nós Te pedimos a graça
de levar a devoção e a ação do nosso Fundador
a novos tempos e novos lugares.
Senhor Jesus,
escuta a nossa oração:
faz do nosso tempo jubilar
um sinal sempre novo do teu amor infinito
no coração do mundo.
Amen.